quinta-feira, 22 de setembro de 2011

COMISSÃO DA MENTIRA REPETIDA MIL VEZES

Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Adolph Hitler na Alemanha Nazista, proferiu a célebre frase: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Essa foi a tônica ideológica que levou a instruída e moderna população alemã a promover um dos maiores crimes contra a humanidade já praticados: o genocídio de judeus, ciganos, deficientes e homossexuais. As mentiras da “supremacia da raça ariana”, do “espaço vital” e da “incompatibilidade entre trabalho e dinheiro”, repetidas mil vezes pelo Führer, foram o entorpecente social capaz de conduzir homens de bem ao cometimento das atrocidades que hoje tanto envergonham a nação alemã.
Ideologia é diferente de idéia. Idéia é bom, serve para abrir os horizontes, desvendar novas possibilidades, promover o debate. Idéia dá lugar à pluralidade. Ideologia, por sua vez, cega, emburrece, amputa o espírito crítico, restringe, demoniza o diferente.
Inúmeros exemplos existem em nossa história da exploração política desastrosa de ideologias. Poderia citar, como exemplo, a desastrada “Intentona Comunista de 1935” promovida pelo surreal Luis Carlos Prestes e a tentativa de subversão da ordem social e das hierarquia e disciplina militares, capitaneadas pelo irresponsável João Goulart e seu tresloucado cunhado Leonel Brizola em 1964. Nesses episódios, o necessário afastamento temporal está permitindo, por si só, o julgamento histórico ao qual todas as personalidades políticas serão submetidas.
Me interessa mais, no momento, tecer breves comentários sobre a atual situação política nacional, na qual a ideologia esquerdista anacrônica e jurássica petista vem ditando os rumos das políticas interna e externa brasileiras. Senão vejamos.
Esta semana foi aprovada, em nossa distinta Câmara dos Deputados, a criação da “Comissão de Verdade”, que se propõe, conforme o projeto, a “... apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988”. Segundo o projeto, ainda, a comissão “... busca trazer à tona a verdade histórica sobre o período militar e promover a reconciliação nacional”.
O primeiro questionamento recai sobre a intenção de se trazer à tona a “verdade histórica”. O que diabos seria a “verdade histórica”? Para os derrotados de 1964 seria, por exemplo, que sua luta era contra a ditadura? É fato que os movimentos esquerdistas que radicalizaram em 1964 pretendiam estabelecer também sua ditadura, a “ditadura libertária de esquerda”, nos moldes da URSS, da China ou de Cuba. Qualquer leitura despretensiosa dos manifestos e estatutos dos movimentos esquerdistas, a exemplo do da VAR-Palmares da Srª Dilma Roussef, mostra isso claramente. O próprio Daniel Aarão Reis Filho, ex-militante do MR8 e atualmente Professor Titular de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense, admitiu, em 23.09.01, em entrevista ao Jornal O Globo, que “... o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionária, ofensiva e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento de resistência democrática”. Mas como essa idéia hoje é trash, demodé, repete-se insistentemente a mentira de que a luta dos subversivos era pela “liberdade” e embolsa-se pomposas indenizações por “perseguições políticas”.
O segundo questionamento seria sobre o objetivo final a ser alcançado quando a “verdade histórica” vier à tona: a promoção da “reconciliação nacional”. Em que país esses politicóides petistas vivem? Onde eles estão vendo falta de reconciliação nacional? A única crise política grave que vejo, nos dias de hoje, é entre a população indignada e a classe política corrupta! A única necessidade de reconciliação hoje é entre a população e sua representação política!
Segundo o projeto, remetido agora ao Senado, a fatídica comissão tem por missão “... apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988”. Espero também, que em prol da prevalência da “verdade histórica”, sejam apuradas as violações dos direitos humanos relativas aos seguintes casos:

·         26/06/68-  Mário Kozel Filho- Soldado do Exército – SP
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos.
É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra;

·         01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão – RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou

·         07/01/69 - Alzira Baltazar de Almeida  - dona de casa - Rio de Janeiro/RJ
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura polícia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua;
 
·         11/01/69 - Edmundo Janot  - Lavrador - Rio de Janeiro / RJ
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas  proximidades da sua fazenda;

·         31/03/69 – Manoel Da Silva Dutra – Civil – Rio de Janeiro / RJ
Morto durante assalto ao banco Andrade Arnaud. O caso é particularmente importante porque um dos então terroristas que participaram da operação se chamava Carlos Minc. Ele vinha do Colina, que se fundiu com a VPR para formar a VAR-PALMARES;

·         14/11/69 - Orlando Girolo - Bancário – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.

Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, disse Goebbels. Realmente. “A crise do mensalão foi uma tentativa de golpe contra o seu governo”, diz Lula. E Lula repete. E Lula repete mil vezes. Vira “verdade” ... vence Lula! Essa é a estratégia dos neopetistas, com seu projeto de 20 anos no poder, tempo julgado necessário para reescrever a história a seu modo. Como seres autônomos e pensantes, cabe-nos tirar nossas próprias conclusões.
 Como nos tempos de escola, devemos fazer o exercício de marcar V para verdadeiro e F para falso, desmascarando assim essa corja corrupta e tendenciosa que se apossou do aparato estatal no intuito de, reescrevendo a história a seu modo, purgar-se de seus equívocos e auferir espúrios benefícios pessoais.
Marque V para verdadeiro e F para falso:
(   ) Os movimentos que lutaram contra a ditadura militar defendiam a democracia.
(   ) O mensalão foi uma invenção, uma tentativa de golpe contra o governo Lula.
(   ) O PT é o partido da ética.
(   ) Todas as opções são falsas.

E por aí vai....

 Encerro parafraseando um amigo que neste momento encontra-se no Sudão, em missão de paz da ONU, privado do conforto e da convivência com seus queridos, submetendo-se a sacrifícios por um patriotismo legítimo, cujo único ideal é bem servir a pátria: "Vencemos ontem quando tentaram pela força das armas, vencemos hoje pela força das idéias e venceremos sempre. Por quê?! Porque o bem sempre vence...".

Viva Macunaíma, nosso herói sem caráter!

P. S.: Interessante artigo de Reinaldo Azevedo, colunista de Veja, acerca de sua participação no V Ciclo de Palestras de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste. Leia no link:  http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-militares-dao-aula-de-democracia-especialmente-as-esquerdas/

Um comentário:

  1. Excelente postagem. Cada vez mais descubro que nosso País está desgovernado nas mãos de pessoas espúrias e egocentricas.

    Alessandro silva

    ResponderExcluir